No filme é contada a história de Clareece Preciosa Jones, uma jovem de 16 anos, pobre, negra, obesa e analfabeta, e fora isso ela ainda sofre violência física e mental oriunda de sua própria família, onde passa por abusos sexuais do pai e está grávida do segundo filho fruto do abuso paterno, onde a primeira filha é portadora de síndrome de down.
O ambiente escolar inicial no filme frequentado pela jovem é um caos, seus colegas gritam e brigam e um professor tenta ministrar aulas em vão, a direção da escola decide então encaminhar a jovem para um ambiente supostamente mais adequado as suas novas condições e ela se divide entre a vida familiar complicada e a possibilidade de transformar seu mundo, uma esperança dada pela professora da nova escola que ela frequenta.
Nesta escola, alunas com histórias parecidas a de Preciosa se reúnem e compartilham suas histórias, são incentivadas a escreverem sobre si, se conhecerem e se valorizarem.
Em busca de sua identidade que acontece paralelamente com o desenvolvimento da nova gravidez, Preciosa se depara com problemas novos (A contaminação pelo HIV que foi transmitido pelo próprio pai, com a mãe que ignorou todo esse abuso que a jovem recebeu ao longo da vida).
A personagem busca fugir da sua dura realidade por meio da criatividade e se refugia em novas atividades que podem oferecer energia para ela lidar com sua realidade que é lhe imposta agressivamente.
Este filme traz situações que são realidade na vida de muitos jovens, uma realidade que acaba escondida em vários lares:
abusos e violência advinda da própria família, onde eles deveriam receber amor, apoio e ter segurança.
O mais chocante no filme é o fato de a mãe ter conhecimento do que acontece e mesmo assim não tomar posicionamento para lhe impedir acusando a filha pela culpa do que aconteceu.
Além disso, vemos que o Sistema de Assistência Social do filme é falho, visto que, se assiste sem conhecer a realidade de quem é assistido, deixando de ser realizada a estratégia de visita domiciliar em que o profissional pode se certificar da realidade vivida. Também se nota a ausência do encaminhamento do Serviço Social mediante a múltiplos problemas enfrentados pela jovem.
O profissional de Serviço Social pode realizar diversas intervenções quando se depara com casos como no filme, principalmente no que tange ao respeito do direito de cidadania e criar uma rede socioassistencial local como: Acompanhamento feito pelo assistente social, secretaria de saúde, escola, entre outros órgãos e profissionais competentes, o que proporciona a quem será atendido superar o risco e a vulnerabilidade para que haja melhoria na qualidade de vida.
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